Na Luz assistiu-se a um bom jogo de futebol entre duas equipas que se respeitaram mutuamente, mas em que o S.C.Braga foi claramente prejudicado em vários lances da partida.
Nos primeiros 20minutos, o Braga foi mais esclarecido, mais personalizado e com linhas mais juntas, dando consistência à sua organização defensiva, mostrando ter a lição bem estudada. Nos dez minutos seguintes o Benfica equilibrou, melhorando na velocidade que impôs nas alas, conseguindo criar espaços para servir Suazo. Até final da primeira parte o equilíbrio foi a nota dominante, com o Braga a evidenciar a preocupação de ter sempre vários jogadores perto da bola, tanto a atacar como a defender. Enquanto isso, o Benfica alternava os ritmos de jogo, ora impondo grande velocidade, ora jogando devagar, transmitindo a ideia de equipa intermitente que já por várias vezes se viu ao longo da temporada.
Da forma como a partida decorria, era fundamental para qualquer das equipas manter a máxima concentração nas bolas paradas, porque é este tipo de lances que decidem a maior parte dos jogos equilibrados. Foi precisamente o que aconteceu, com a particularidade de ter ocorrido de forma claramente irregular e em que a validação do golo só demonstra o baixo nível de rendimento em que se encontra a arbitragem portuguesa..
Na segunda parte, o Braga foi a melhor equipa em campo. Foi quem mais procurou o golo, de forma imaginativa e esclarecida na construção do seu jogo ofensivo. E só não conseguiu o empate por ineficácia e azar dos seus jogadores. Frente a um adversário forte e perigoso, o Benfica passou algum tempo limitando-se a aguentar o resultado, procurando jogar em contra-ataque, mas demonstrando sempre dificuldades nas transições ofensivas. O Benfica poderia ter aumentado a vantagem através de um penálti (em mais um lance bastante duvidoso!!!) desperdiçado por Suazo. Se tivesse entrado seria uma tremenda injustiça, até porque depois do lance da grande penalidade só deu Braga.
O Benfica encolheu-se e fê-lo de forma perigosa, não conseguindo parar a dinâmica nem a velocidade que os bracarenses imprimiam ao jogo. O Braga continuava a fazer grande pressão, a subir no terreno e a criar lances de perigo. Nunca desacelerou, continuou a imprimir mudanças de velocidade e a criar oportunidades de golo.
De salientar ainda que este resultado negativo por parte do S.C.Braga não se deveu à falta de empenho e atitude por parte dos jogadores, mas sim devido à incompetência dos arbitros designados para este jogo.
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